Samanea saman
Filomena Lay
Rachellya Oliveira
Nome comum
Árvore da chuva
Philippe
Tomás
Nome tétum
Ai matan-dukur
Philippe
Tomás
Conservação
Pouco Preocupante (LC)
IUCN-Red List Index
Philippe
Tomás
Descrição científica
A Samanea saman é uma árvore, geralmente de 15 a 30 m de altura, mas que pode atingir 60 m na sua área nativa. Possui copa simétrica, em forma de guarda-chuva, ampla (até 80 m de diâmetro para espécimes maduros em espaços abertos). Possui um tronco grosso e baixo de casca castanha escura, com 80 cm de diâmetro na altura do peito com galhos enormes que podem chegar a 30 m de comprimento (2 vezes maiores que a altura total da árvore). As suas raízes, na maioria, são profundas. A floração ocorre durante a estação seca, maioritariamente no verão, e a frutificação é após a estação chuvosa. As flores são rosas avermelhadas, possuindo estames brancos e vermelhos nas suas pontas, são encontradas nas pontas dos ramos num cálice verde claro. Os frutos são vagens, bastante retas, carnudas com bordas espessas e constritas entre as sementes, amadurecendo para preto e quebrando-se em segmentos ao longo das constrições. As sementes são castanhas alongadas e duras, com 5 a 13 mm de comprimento, geralmente com 20-30 sementes por cada fruto. As folhas são compostas bipinadas, com eixo comum tomentoso de 8-28 cm, têm a superfície superior de cor verde brilhante e a inferior de verde claro. São verdes e macias e fecham-se durante a noite e em dias nublados. Acredita-se que as folhas quando se fecham durante um dia de sol é sinal de que vai chover muito nos próximos dias.
Aplicações:
Pode ser utilizada para fins medicinais como anti-inflamatório, antifúngico, adstringente e antipirético. A madeira pode ser utilizada para artesanato, lenha, carvão e papel. As frutas são comestíveis. Na agricultura fornece sombra para as plantas.
Localização:
Encontra-se distribuída na América Central e do Sul, no Sul e Sudeste da Ásia e nas ilhas do pacífico.
Apreciação crítica
Samanea saman é uma espécie de árvore, globalmente conhecida como “árvore da chuva”.
Contudo, em Timor-Leste é conhecida como a árvore sonolenta (“Ai Matan Dukur”). A árvore é originária da América Central e do Sul e fornece uma excelente sombra. É comum encontrá-la em zonas quentes e húmidas, pois é fácil de cultivar, uma vez que floresce na maioria dos solos. Possui funções e utilidades variáveis, desde o tronco até aos próprios frutos; no entanto, a sua principal função é o sombreamento de rebanhos, culturas agrícolas, que exigem sombra, e parques. O seu tronco é utilizado para lenha, marcenaria e uso ornamental. As suas flores melíferas são ricas em açúcares e servem de pólen a abelhas e aos outros seres vivos polinizadores. Os frutos, no caso das sementes, são ingeridas pelo gado ou, pelo facto de serem duras, são armazenadas por dois ou três anos. E, além disso, pode ser utilizada para fins medicinais como um anti-inflamatório, antifúngico, adstringente e antipirético.
Samanea saman ou “Ai Matan Dukur” é muito conhecida em Timor. A árvore já florescera em Timor desde a invasão Indonésia. Daquilo que ouvimos dos mais velhos, a razão pela qual se deu o nome de “Ai Matan Dukur” (árvore sonolenta) é devido à sua sombra que faz com que qualquer um que se sente debaixo dela adormeça. Não sabemos se é verdade ou não, mas deve ser, pois como o nome diz “Ai Matan Dukur”, ou seja, “árvore sonolenta”. Em Timor existe uma pequena quantidade dessa espécie, que se pode encontrar nos distritos e, maioritariamente, em Díli. Mesmo que Timor tenha temperaturas elevadas e épocas de chuva intensa, a árvore cresce normalmente. Nós, os timorenses, utilizamos o tronco para lenha, enquanto que o fruto serve de alimento para as vacas, ovelhas e porcos. E é por isso que escolhemos esta árvore, não só porque é linda mas também porque tem uma variedade de funções e é muito atrativa.
Enfim, Samanea saman ou “Ai Matan Dukur” é uma das maiores árvores em Timor, que enfeita as paisagens locais, com a sua imagem elegante e atrativa para os turistas, e até mesmo para aqueles que a veem pela primeira vez. Não só poderão apreciá-la, mas também sentirão uma brisa fresca e relaxante, levando-os a adormecer.